"Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno.” 1º João 2.14

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Conduta Reverente

por Mark Dever

Eu me lembro de aparecer para ensinar numa classe de escola dominical na Nova Inglaterra onde todos me esperavam — e eles me esperaram durante uma hora! Todos os seus relógios foram adiantados em uma hora; eu esqueci de mudar o meu. Eu estava vivendo de modo diferente deles, obedecendo um relógio diferente. No primeiro capítulo de 1 Pedro, Pedro diz que Cristãos vivem vidas diferentes porque tem objetivos diferentes. O leitor de Pedro eram jovens Cristãos que estavam meio confusos. Eles se tornaram Cristãos, mas então suas vidas pareciam ficar mais difícil ao invés de fácil. Eles começaram a imaginar: “Estamos fazendo algo errado? Por que essas coisas estão acontecendo?” Nessa breve carta Pedro os entregou uma resposta maravilhosa.

Ele os mostrou que quando Deus muda nossos amores, nossas vidas mudam. E o que eles mudam para ser maravilhoso — nossas vidas mudam para refletir o próprio caráter de Deus! Três coisas parecem marcar a vida do Cristão como Pedro descreve em 1:13-25 — santidade, reverência e amor.

O Apóstolo diz em 1:13-16 que devemos desejar a beleza de ser como Deus em sua santidade. Ele cita o mandamento divino em Levítico na qual o povo era ordenado a ser santo porque Ele, o Senhor, é santo. Aquilo ainda era verdade nos dias de Pedro, e ainda é verdade nos nossos.

De fato, se a santidade se destacou nos dias de Pedro, ela certamente não é menos distinta do que em nossos dias. Hoje, nossas crenças são vistas como primitivas e mesmo alarmantes por muitos daqueles ao nosso redor. Um amigo recentemente me contou de ir a uma certa reunião no American Bar Association. Ele estava sentado do lado de fora de uma sala de reuniões de um grande hotel antes da reunião, lendo um comentário de Gênesis. Um advogado proeminente que ele conhecia veio até ele para cumprimentá-lo. Depois de uma conversa fiada, o advogado perguntou ao meu amigo qual era a leitura. Ele mostrou a ele salientou que era um comentário do livro de Gênesis. Meu amigo disse que o advogado fisicamente recuou. Ele pensou que ele ia cair! O rosto do advogado ficou vermelho, seus olhos saltaram e ele começou a gaguejar. Finalmente, ele apontou o dedo para o livro do meu amigo e disse, “não acredito que você trouxe isso,” querendo dizer, meu amigo achou, “Como você pode trazer essa relíquia de outra era para essa reunião de mentes pensantes?” Então meu amigo disse que o advogado saiu rapidamente, da forma mais preocupada que ele já viu.

O que aconteceu? Meu amigo estava experimentando “estranheza” de ser um Cristão na America moderna. E ainda meu amigo, como todos que são verdadeiramente Cristãos, não deve viver ignorando Deus, como nossos amigos não-Cristãos normalmente fazem. Devemos ser santos como Deus é santo.

Um segundo aspecto da vida Cristã é ter reverência a Deus. Em tudo que fazemos, devemos pensar em Deus.E nós estamos certos em temer o simples desprazer Daquele que conhece todas as coisas, juiz imparcial. Nós devemos nos comportar à luz de Sua presença e caráter, à luz daquilo que Ele fez por nós em Cristo e o que Ele fará como juiz. Pedro diz: “portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação” (1 Pedro 1:17).

Essa ideia de temer frequentemente confunde os Cristãos, mas é uma parte natura de qualquer relação significante que temos. Não queremos, sem intenção, ofender ou perder um amigo. Aquelas coisas que mais valorizamos estão refletidas — como um espelho — em nossos medos. O que tememos? Doença? Problemas financeiros? Rejeição? Pobreza? Solidão? Fraquezas? Temer essas coisas mais que Deus significa dar mais valor a elas do que a Deus. Finalmente, significa obedecer-las mais que a Deus.

E se seguir a vontade de Deus para nossas vidas significa que vamos colocar nossas vidas em perigo nos mudando para o Afeganistão ou arriscar rejeição quando recusamos fazer algo imundo com um amigo? Pedro disse a esses Cristãos — e nos diz hoje — que devemos olhar para Deus primeiro em todas as nossas ações.

Finalmente, nesse capítulo, Pedro diz que a vida Cristã é marcada pelo amor. “Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1:22). Pedro os ordena a fazer isso porque a pressão que esses Cristão primitivos estavam enfrentando de seus amigos não-Cristãos poderia tê-los levado a se tornarem irritados e grossos uns com os outros. Nem sempre reagimos graciosamente sob pressão, não é verdade?

E se realmente vivermos vidas santas, reverentes e tementes? Nosso nome é glorificado? Somos exaltados em glória? Pedro diz que o resultado disso é que Deus glorificado. “Mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que que falam contra vós outros como malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação” (2:12). Se como Cristãos vivemos vidas santas, reverentes e tementes a Deus, a vontade de Deus será glorificada.

Valia a pena para esses Cristãos antigos de viverem desse modo? Seria valioso para você e eu? Isso tudo depende de qual é nosso objetivo. Se nosso objetivo é nosso conforto imediato próprio, então a resposta seria “não.” Vida fiel significará constrangimento e mesmo rejeição as vezes. Mas se nosso objetivo for a glória de Deus, então todo o julgamento que poderíamos sofrer certamente vale a pena. Como esses primeiros Cristãos sabemos disso. Oremos para que vivamos isso para a glória de Deus.

Fonte: Ligonier Ministries

Tradução: Eric Lima ( http://www.amecristo.com )


Uma palavra firme, mas com Amor – Rev. Rosther

 

Desde o começos da história do povo de Deus, um dos grandes desafios enfrentados por este, foi a luta contra o secularismo e o mundanismo. Isso ocorre porque nem todos os que fazem parte da igreja militante, são membros da igreja triunfante, nem todos que se congregam na igreja visível, estão inseridos na igreja invisível. Se não bastasse o fato de o joio estar semeado junto ao trigo, aqueles que são regenerados, ainda carregam dentro de si a natureza pecaminosa e muitas vezes alimentam mais a sua natureza do pecado, em lugar de alimentar a natureza do Espírito, revelando assim sua deslealdade e falta de amor para com o Senhor que os redimiu.

 

Na manhã de hoje em minha devocional, defrontei-me com uma situação na qual o povo de Deus é envergonhado por se conformar a este século. O povo de Deus, habitando em Sitim, começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas. Estas convidaram os filhos de Israel ao sacrifício dos seus deuses e o povo de Deus comeu e inclinou-se diante dos deuses delas, traindo o Senhor que os havia libertado da escravidão do Egito, adulteraram contra o bom Deus que os sustentara no deserto. O que veremos nesse texto é o que acontece quando a igreja se torna como o mundo.

 

Quando a Igreja se torna como o mundo, ela ama os prazeres do mundo mais do que a Deus. O povo de Deus olhou para a beleza das filhas dos moabitas, e no coração acreditaram que elas concederiam a eles mais prazeres que o próprio Deus, tiveram relações com elas, aceitaram os convites delas para os sacrifícios dos deuses estranhos e se prostraram diante dos deuses delas. Isso é o que acontece quando a idolatria dos prazeres domina a vida de pessoas que se chamam cristãs. Elas não tem comunhão com o Senhor, não tem prazer em Deus, não sabem o que são as genuínas experiências espirituais, conforme a linguagem de Edwards, e porque não conhecem o prazer da intimidade com Deus, precisam buscar os efêmeros e falsos prazeres deste mundo, que nos afastam da bênção de provar do relacionamento íntimo e pessoal com o Senhor,que João define em 17.3 do seu evangelho como vida eterna. Meu coração tem se alarmado em perceber como às vezes o povo que se chama povo de Deus se atiça para experimentar as coisas nas quais o mundo tem prazer e das quais Deus não se agrada.

 

Ontem de manhã preguei na exposição sequencial em 1 João 1. 3-6, o versículo 6 diz que quem permanece nele deve andar como ele andou. Jesus frequentou todos os lugares, sentou-se com pecadores, comeu com eles, mas sempre mantendo uma maneira santa e distinta para ganhá-los para si. O texto da epístola apostólica diz que devemos ser como ele é. Com muito carinho, vou fazer uma caricatura para você perceber o que digo, fiquei imaginando sinceramente se Jesus em ocasiões festivas junto com os irmãos da Igreja, acompanhados de não crentes, faria coreografias e dançaria ao som de Michel Teló: “Ai se eu te pego”, não importa qual seja o idioma. Imagine comigo! Será que o Senhor diria: “Ai não tem nada a ver!”? “Eu penso que isso não é pecado”. Você sabe que foi a primeira pessoa da história que disse: “não tem nada a ver”? Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três! Adivinhou? O inimigo das nossas almas. A serpente disse a nossa primeira mãe em Gênesis 3.4, “é certo que não morrereis”, ao dizer isto referindo-se ao que Deus falou, estava dizendo, “não tem nada a ver, eu penso diferente”, Satanás foi o  primeiro relativista pós-moderno que pensava diferente. Se somos verdadeiros cristãos reformados, não deformados, não nos importamos com os pensamentos da carne, não somos relativistas, queremos adequar-nos às Sagradas Escrituras. Ortodoxia sem ortopraxia é verborragia, prelúdio da heterodoxia, sinal de retórica vazia.

 

Que Deus nos livre da idolatria dos prazeres, que amemos mais o Senhor do que a nós mesmos, se somos de fato cristãos!

 

Não obstante percebemos no texto de Números 25 que quando a igreja se torna como o mundo, Deus manifesta sua ira. A ira de Deus se acendeu contra Israel e o nosso Senhor disse a Moisés que tomasse os cabeças do povo e os enforcasse ao ar livre ao Senhor e a ardente ira se retiraria de sobre Israel. Graças a Deus nos dias de hoje o Senhor não manda enforcar ninguém! Mas, que Deus continua irando-se, isso é uma grande verdade. Paulo nos ensina em Romanos 1, que a manifestação dessa ira é entregar o homem à sua própria sorte e isso chega ao ponto de que homens e mulheres começam a se inflamar em sua sexualidade, homens com homens e mulheres com mulheres. Quando isso acontece no meio de um povo é um sinal de que a ira de Deus está se manifestando. Mas, também quando há adultério, prostituição, mentira, corrupção, vícios, expressão de sensualidade em lugares inapropriados, egoísmo inveterado, tudo isso é sinal de que Deus entrega seu povo à ira e as consequências se tornam cada dia mais trágicas.

 

Muitas vezes nos maravilhamos demais, com o nosso conhecimento teórico das Escrituras, poder aquisitivo, capacidade intelectual, conhecimento de idiomas, somos cidadãos globais e isso não impressiona a Deus. De jeito nenhum!

 

Como pastor que ama o seu rebanho, que conhece o Deus das Escrituras, não quero ver a mão de Deus pesando sobre o meu povo. O Senhor sabe quanto tenho chorado por vossas vidas. Só o Senhor sabe a dor que temos com os que adoecem, com os que se perdem, com os que se afastam de Deus. Não zombemos do Cordeiro, Ele é meigo e amável, mas também é o Leão de Judá e terrível é a sua ira!

 

Contudo, o texto nos diz que quando a Igreja se torna como o mundo ela precisa ser disciplinada. O texto nos conta que Zimri , princípe da tribo de Simeão que não tinha temor de Deus, tomou Cosbi princesa midianita e levou para sua tenda e começou a ter relações fornicárias com ela, desde aquela época Deus já condena relacionamentos mixtos. Tudo isso aconteceu diante dos olhos de Moisés e todo o povo chorava diante da tenda da congregação. Enquanto isso, Deus matava os israelitas por meio de uma praga. Até que Finéias, filho do sacerdote Eleazar, toma sua lança, entra na tenda de Zimri e o atravessa junto com Cosbi no momento do ato sexual, matando os dois de uma só vez, o versículo 8 nos diz que nesse exato momento a praga cessou no meio do povo. Porém, aquele dia foi um dia muito triste, pois vinte e quatro mil pessoas do povo de Deus morreram, por causa da praga enviada pelo Senhor.

 

Finéias foi usado para a disciplina, mas se você perguntasse a ele, certamente, se pudesse, ele evitaria ter que passar por tudo isso. Ter que ser instrumento de disciplina é algo que dói imensamente no coração de quem o faz, porque sabe que é pecador e só é salvo pela graça do Senhor! Não obstante, é mister obedecer a Deus e as Sagradas Escrituras nos dizem em Hebreus 12 que Deus disciplina a quem Ele ama e açoita a todo aquele que é seu filho. Se ficamos sem disciplina, somos bastardos, não filhos. Quando alguém nos disciplina, isso é um sinal que Deus ainda nos ama e não se esqueceu de nós. Se algum dia ficarmos sem disciplina será nossa ruína, pois será a evidência de que Deus se esqueceu de nós.

 

Quanto a Finéias, o disciplinador, vejamos o que Deus disse:

 

25.10 Então, disse o SENHOR a Moisés:

 

25.11   Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, pois estava animado com o meu zelo entre eles; de sorte que, no meu zelo, não consumi os filhos de Israel.

 

 

 

25.12   Portanto, dize: Eis que lhe dou a minha aliança de paz.

 

 

 

25.13   E ele e a sua descendência depois dele terão a aliança do sacerdócio perpétuo; porquanto teve zelo pelo seu Deus e fez expiação pelos filhos de Israel.

 

Deus recompensa o servo que zelou pelo seu nome, pela su santidade e pela santidade do seu povo.

 

Paulo em Romanos 12.11 diz:

 

 

 

“ No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor;

 

 

 

Meu queridos irmãos e irmãs, quero desafiar-lhes a ser os novos Finéias, a zelar pelo Senhor e a amar os irmãos, de tal maneira que vocês venham dar-lhes a bênção de ser admoestados com amor, pois este é um sinal de que Deus os ama e que você se importa com eles.

 

Se você caiu em si ao ler esta pastoral, talvez você me dirá: “Tudo bem pastor, mas o senhor poderia dizer essas palavras a cada um individualmente, no âmbito particular”.

 

Que bom que mais uma vez você é solícito em expressar o que pensa, mas tenho pedido graça a Deus para ser um pastor fiel às Escrituras e não fazer o que alguns do meu rebanho acham que deve ser feito e as Escrituras dizem aos pastores em 1 Timóteo 5.20:

 

“ Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam.”

 

Que Deus tenha misericórdia de nós!

 

Como disse Paulo em 1. Coríntios 10.12:

 

Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia.”

 

 

 

Que Deus nos livre da mentalidade pós-moderna, relativista e secular.

 

Que Deus nos ensine a pensar e a viver biblicamente!

 

Em Cristo, vosso pastor,

 

Rev. Rosther Guimarães Lopes. VDM. Verbum Dei Minister.



As doutrinas da Graça e a Paixão pelas almas dos homens

por John A. Broadus .

Porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos. (Romanos 9.3)

A preocupação com a salvação dos outros não é anulada pela crença naquilo que chamamos “As Doutrinas da Graça”. Tal preocupação não diminui por crermos na soberania divina, na predestinação e na eleição. Muitas pessoas demonstram intensa antipatia às idéias expressas nestes últimos vocábulos. Recusam-se a aceitá-las, porque, em suas mentes, tais idéias estão associadas ao conceito de indiferença apática. Estas pessoas dizem que, se a predestinação é verdadeira, conclui-se que um homem não pode fazer nada por sua própria salvação; se tiver de ser salvo, ele o será, não podendo fazer coisa alguma para isso, nem ele nem qualquer outra pessoa precisa se importar com isso.

Mas isto não é verdade; eu o provarei mediante o fato de que o próprio Paulo, o grande porta-voz dessas doutrinas nas Escrituras, pronunciou essas palavras de interesse e amor ardente, em favor da salvação dos outros, vinculando-as intimamente às passagens em que ele ensinou as doutrinas da graça. Volte os seus olhos a algumas frases anteriores a Romanos 9.3 e encontrará a própria passagem sobre a qual muitos tropeçam. “E aos que predestinou” — muitas pessoas estremecem ao ouvir essas palavras — “a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou” (Rm 8.30).

Apenas um pouco depois de Paulo ter proferido essas palavras, das quais muitos pretendem inferir a idéia de que, crendo nelas, o homem não precisa se preocupar com a sua salvação ou com a salvação dos outros, vieram aquelas palavras cheias de paixão que constituem nosso versículo texto. E isso não é tudo, pois você encontrará logo em seguida, o texto onde Paulo falou sobre Esaú e Jacó, afirmando que Deus estabeleceu uma diferença entre eles, antes mesmo de nascerem, e onde disse, a respeito de Faraó, que Deus o havia levantado para demonstrar o Seu poder e declarar o Seu nome em toda a terra. “Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz.” Algumas boas pessoas chegam a estremecer diante da inferência que lhes parece inevitável de uma linguagem como esta. Mas eu digo que esta inferência deve estar errada, pois o homem inspirado, que proferiu essas palavras, apenas alguns momentos antes havia pronunciado as palavras de nosso versículo texto.

E, sempre que você perceber que seu coração ou o coração de um amigo está propenso a fugir desses grandes ensinamentos das Escrituras divinas, com relação à soberania e a predestinação, então eu oro para que você não discuta sobre isto, mas que se volte a esse texto bíblico, expresso em linguagem de tão grande preocupação em favor da salvação dos outros, de forma tão intensamente cheia de paixão, que os homens se admirarão e certamente dirão que tais palavras não podem significar o que elas realmente dizem. O problema é que neste caso, e em muitos outros, tiramos inferências sem fundamento dos ensinamentos da Palavra de Deus e jogamos todo o nosso ódio para com essas inferências sobre as verdades que delas extraímos. Ora, qualquer coisa considerada como verdade, a favor ou contra a doutrina do apóstolo acerca da predestinação e da soberania divina na salvação, eu afirmo que isto não torna um homem indiferente à sua própria salvação e à salvação dos outros; este não foi o efeito sobre Paulo, e entre essas duas grandes passagens encontram-se as maravilhosas palavras de nosso versículo texto.

 

 

[Um trecho do sermão intitulado “Preocupação Intensa pela Salvação dos Outros”, do livro Sermons and Addresses, Hodder & Stoughton: Nova Iorque, 1886.]

Fonte: Site da Editora Fiel (retirado de Monergismo )


Só conhecimento não basta!

por Jonathan Edwards.

Não importa quanto as pessoas possam saber sobre Deus e a Bíblia, isto não é um sinal certo de salvação. O diabo antes de sua queda, era uma das mais brilhantes estrelas da manhã, uma labareda de fogo, um que excedia em força e sabedoria. (Isaías 14:12, Ezequiel 28:12-19).

Aparentemente, como um dos principais anjos, Satanás conhecia muito sobre Deus. Agora que ele está caído, seu pecado não tem destruído suas memórias de antes. O pecado destrói a natureza espiritual, mas não as habilidades naturais, tais como a memória. Que os anjos caídos têm muitas habilidades naturais pode ser visto em muitos versos da Bíblia, por exemplo, Efésios 6:12. “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. No mesmo modo, a Bíblia diz que Satanás é “mais astuto” do que os outros seres criados. (Gênesis 3:1, também 2 Coríntios 11:3, Atos 13:10) Portanto, podemos ver que o Diabo sempre teve grandes habilidades mentais e que é capaz de conhecer muito sobre Deus, sobre o mundo visível e invisível, e sobre muitas outras coisas.

Visto que sua ocupação no princípio era ser um anjo principal diante de Deus, é somente natural que compreender estas coisas sempre tenha sido de primeira importância para ele, e que todas suas atividades tenham a ver com estas áreas de pensamentos, sentimentos e conhecimento. Porque era sua ocupação original ser um dos anjos diante da própria face de Deus e porque o pecado não destrói a memória, é claro que Satanás conhece muito mais sobre Deus do que qualquer outro ser criado. Depois da queda, podemos ver de suas atividades como a tentação, etc., (Mateus 4:3) que ele tem gastado seu tempo para aumentar seu conhecimento e suas aplicações práticas. Que o seu conhecimento é grande pode ser visto em quão enganador ele é quando tenta as pessoas. A astúcia de suas mentiras mostra quão sagaz ele é. Certamente não poderia manejar tão bem suas ludibriações sem um conhecimento real e verdadeiro dos fatos.

Este conhecimento de Deus e de Suas obras é desde o princípio. Satanás existia desde a Criação, como Jó 38:4-7 mostra: “Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência… Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?” Assim, ele deve conhecer muito sobre a maneira como Deus criou o mundo, e como Ele governa todos os eventos do universo. Além do mais, Satanás viu como Deus desenvolveu Seu plano de redenção no mundo; e não como um inocente espectador, mas como um inimigo ativo da graça de Deus. Ele viu Deus trabalhar nas vidas de Adão e Eva, em Noé, Abraão, e Davi. Ele deve ter tomando um especial interesse na vida de Jesus Cristo, o Salvador dos homens, a Palavra de Deus encarnada. Quão próximo prestou atenção a Cristo? Quão cuidadosamente ele observou Seus milagres e ouviu Suas palavras? Isto é o porque Satanás se pôs contra a obra de Cristo, e foi para o seu tormento e angústia que Satanás assistiu a obra de Cristo desvelada com sucesso.

Satanás, então, conhece muito sobre Deus e sobre a obra de Deus. Ele conhece o céu em primeira mão. Ele conhece o inferno também, com conhecimento pessoal como sua principal residência, e tem experimentado seus tormentos por todos estes milhares de anos. Ele deve ter um grande conhecimento da Bíblia: pelo menos, podemos ver que ele conhecia o suficiente para ver se conseguia tentar nosso Salvador. Além do mais, ele tem tido anos de estudo dos corações dos homens, seus campo de batalha onde ele luta contra nosso Redentor. Quanto labores, esforços, e cuidados o Diabo usou através dos séculos a medida que ludibriava os homens. Somente um ser com seu conhecimento e experiência sobre a obra de Deus, e sobre o coração do homem, portanto, poderia imitar a verdadeira religião e transformar-se em um anjo de luz. (2 Coríntios 11:14) Portanto, podemos ver que não há nenhuma quantidade de conhecimento sobre Deus e religião que poderia provar que uma pessoa tem sido salva de seu pecado.

Um homem pode falar sobre a Bíblia, Deus, e a Trindade. Ele pode ser capaz de pregar um sermão sobre Jesus Cristo e tudo que Ele fez. Imaginem, alguns podem ser capazes de falar sobre o caminho da salvação e a obra do Espírito Santo nos corações dos pecadores, talvez até mesmo mostrar a outros como se tornarem Cristãos. Todas estas coisas podem edificar a igreja e iluminar o mundo, todavia, não é uma prova certa da graça de Deus no coração de uma pessoa.

Pode também ser visto que as pessoas meramente concordarem com a Bíblia não é um sinal certo de salvação. Tiago 2:19 mostra que os demônios realmente, verdadeiramente, crêem na verdade. Da mesma forma que eles crêem que há um só Deus, eles concordam com toda a verdade da Bíblia. O diabo não é um herético: todos os artigos de sua fé estão firmemente estabelecidos na verdade.

Deve ser entendido que, quando a Bíblia fala sobre crer que Jesus é o Filho de Deus, como uma prova da graça de Deus no coração, a Bíblia tenciona dizer não um mero concordar com a verdade, mas outro tipo de crença. “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido”. (1 João 5:1) Este outro tipo de conhecimento é chamado “a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade”. (Tito 1:1)

Fonte: Bereianos

Razões para não se casar com um não crente

por Kathy Keller

Ao longo de nosso ministério, a questão pastoral mais comum que eu e Tim confrontamos provavelmente é a do casamento – atual ou futuro – entre cristãos e não cristãos. Muitas vezes penso que seria muito simples se eu pudesse simplesmente me retirar da conversa e convidar aqueles que já casaram com não crentes para falarem aos solteiros que estão buscando desesperadamente alguma brecha que os permita casar com alguém que não compartilham de sua fé.

Assim, eu poderia pular toda a parte de citar as passagens da Bíblia que chamam os solteiros a casar “contanto que ele pertença ao Senhor” (1 Coríntios 7.39), a não se submeterem ao “jugo desigual com descrentes” (2 Coríntios 6.14) e as prescrições do Antigo Testamento contra o casamento com o estrangeiro seguidor de outros deuses além do Deus de Israel (veja que em Números 12, Moisés se casa com uma mulher de outra raça, mas da mesma fé). Você encontra passagens assim em abundância, mas quando alguém já permitiu ao seu coração um laço com uma pessoa de outra fé, tenho visto que a Bíblia já foi diminuída de seu papel de regra não negociável de fé e prática.

Ao invés disso, as variações da pergunta da serpente para Eva – “Foi isto mesmo que Deus disse?” – surgem aos montes, como se, por acaso, esse caso específico pudesse ser algum tipo de exceção, levando em conta o quanto eles se amam, o quanto o não crente apóia e entende a fé cristã e como eles são almas gêmeas apesar da falta de uma fé que una as duas almas.

Já ficando velha e impaciente, às vezes tenho vontade de simplesmente falar “não vai dar certo, a longo prazo. O casamento já é difícil o bastante quando é entre dois crentes em perfeita harmonia espiritual. Se poupe da dor de cabeça e parta pra outra”. Entretanto, tal grosseria não está de acordo com o espírito pacificador de Cristo e nem é convincente.

Mais triste e mais sábia

Se eu pudesse apenas reunir aquelas mulheres mais tristes e mais sábias (e homens também) que se encontraram em casamentos desiguais (seja por sua própria tolice ou por um cônjuge que encontrou Cristo após o casamento) com os casais otimistas e radiantes que estão convencidos de que a sua paixão e o seu compromisso irão superar todos os obstáculos. Até o obstáculo da desobediência descarada. Apenas dez minutos de conversa – um minuto, se a pessoa for muito sucinta – seria o suficiente. Nas palavras de uma mulher que estava casada com um homem muito bom e gentil que não compartilhava de sua fé: “se você pensa que está sozinha antes de se casar, não é nada comparado à quão sozinha você ficará APÓS o casamento!”.

Na verdade, talvez essa seja a única abordagem pastoral eficaz: achar um homem ou uma mulher que estejam dispostos a conversar honestamente sobre as dificuldades de sua situação e convidá-los para uma sessão de aconselhamento com o casal prestes a cometer o grande erro. Um alternativa, talvez, seria algum diretor criativo que estivesse disposto a percorre o país filmando indivíduos que estão vivendo as dores de um casamento com um não crente, e criar um documentário de uns 40 ou 50 depoimentos curtos (menos de 5 minutos). Talvez o peso coletivo dessas curtas histórias seja mais poderoso do que qualquer lição requentada possa ser.

Três saídas

Por enquanto, entretanto, não temos essa opção. Há apenas três caminhos que um casamento desigual pode seguir (e por desigual, estou disposta a flexibilizar ao ponto de incluir cristãos genuínos que desejam casar com um cristão nominal ou talvez algum cristão completamente imaturo e desprovido de crescimento e experiência):

  1. Para estar em maior sintonia com seu cônjuge, o cristão terá que empurrar Cristo para as margens de sua vida. Isso talvez não envolva repudiar diretamente a fé, mas em assuntos como vida devocional, hospitalidade com os crentes (reuniões de grupos pequenos, receber pessoas necessitadas em caráter emergencial), apoio a missões, dízimo, educação dos filhos, comunhão com outros crentes – tais coisas deverão ser minimizadas ou evitadas para preservar a paz do lar.
  2. Por outro lado, se o crente do casamento mantém uma vida cristã firme e sólida, o cônjuge não cristão será marginalizado. Se ele/ela não entende o propósito de estudos bíblicos e oração, viagens missionárias ou hospitalidade, então ele/ela não poderá ou não irá participar dessas atividades junto com o cônjuge crente. A unidade e a união profundas do casamento não florescerão quando um cônjuge não pode participar completamente dos compromissos mais importantes da outra pessoa.
  3. Então, ou o casamento sofre até o ponto de acabar, ou o casal sofre junto, vivendo em algum tipo de trégua que envolve um ou outro abrindo mão de algumas coisas, de forma que ambos viverão sentindo-se sozinhos e infelizes.

Isso soa como o tipo de casamento que você quer? Um casamento que sufoca seu crescimento em Cristo ou sufoca o crescimento como casal, ou as duas coisas? Pense na passagem já citada de 2 Coríntios 6.14 sobre o jugo desigual. Muitos de nós já não vivem em culturas agrícolas, mas tente imaginar o que aconteceria se um fazendeiro ata à carroça, digamos, um boi e um jumento. O jugo pesado de madeira, projetado para se aproveitar das forças do conjunto, ficaria torto devido às diferenças de peso, altura e velocidade dos dois animais. O jugo, ao invés de aproveitar as forças do conjunto para completar a tarefa, iria incomodar e machucar OS DOIS animais, já que o peso do fardo não estaria igualmente distribuído. Um casamento desigual não é tolice apenas para o Cristão, mas é injusto também com o não cristão, e acabará sendo um tormento para os dois.

Nossa experiência

Para fechar: um de nossos filhos começou a passar algum tempo, alguns anos atrás, com uma moça não crente, vinda de uma família de judeus. Ele nos ouviu falar sobre o sofrimento (e a desobediência) de um casamento com um não cristão por anos, então ele sabia que essa não seria uma opção (algo que reforçamos várias vezes de forma enfática). De qualquer forma, a amizade deles cresceu e se transformou em algo mais. Para dar algum crédito, nosso filho disse a ela: “eu não posso me casar com você a não ser que você se torne cristã, e você não pode se tornar cristã só para se casar comigo. Eu vou com você à igreja, mas se você deseja seriamente descobrir o cristianismo, você terá que fazer por conta própria – encontrar um pequeno grupo, ler livros e conversar com outras pessoas além de mim”.

Felizmente, ela é uma moça de muita integridade e coragem, e começou uma busca pelo entendimento das afirmações de exclusividade da Bíblia. Conforme ela crescia em direção à fé, para nossa surpresa, nosso filho também começou a crescer em sua fé, para manter o mesmo ritmo dela! Ela me disse certa vez “como você bem sabe, seu filho nunca deveria estar saindo com uma mulher como eu!”.

Ela eventualmente veio à fé, e ele segurou a água com a qual ela foi batizada. Na semana seguinte, ele a pediu em casamento, e eles já estão casados há dois anos e meio, ambos crescendo, ambos lutando, ambos se arrependendo. Nós amamos os dois e somos muito gratos por ela pertencer à nossa família e ao corpo de Cristo.

Eu só menciono essa história pessoal porque muitos de nossos amigos no ministério já viram resultados muito diversos – filhos que se casam com alguém de outra fé. A lição da história para mim é que, mesmo em lares pastorais – onde as coisas de Deus são ensinadas e discutidas e onde os filhos têm uma grande oportunidade de acompanhar os conselhos que seus pais dão a casais – filhos crentes brincam com relacionamentos que se desenvolvem mais do que esperam, terminando em casamentos que não têm finais felizes. Se isso é verdade nas famílias dos líderes cristãos, o que dirá nas famílias do rebanho?

Precisamos ouvir as vozes de homens e mulheres que estão em casamentos desiguais e aprender, com seus sofrimentos, porque essa é uma escolha não só desobediente como muito tola.

Originalmente publicado aqui.


O melhor de Deus ainda está por vir?

A frase virou mesmo um chavão e está constantemente na boca de vários irmãos. Diante dos problemas e adversidades, a palavra de “consolo” é: “Não se preocupe, o melhor de Deus para a sua vida está por vir”. O que se quer dizer com isso é que por mais que a vida tenha lá suas adversidades e problemas, aquele que sofre pode estar descansado, pois haverá um dia em que as lutas cessarão, não haverá mais pranto e nem dor.
Conquanto seja isso verdadeiro e prometido na Escritura, que afirma que o Senhor enxugará dos olhos toda lágrima (Ap 21.4), é preciso analisar o que de fato se deseja ao dizer que “o melhor de Deus está por vir”.
Se com essa frase os crentes estivessem almejando estar de uma vez por todas na presença física do Senhor Jesus, ela ganharia um belo sentido, porém, ao observar que ela é dita geralmente em momentos de dificuldades, fica evidente que “o melhor de Deus” que é esperado é simplesmente a ausência das tribulações. Nesse caso, perde-se a perspectiva de que o melhor de Deus já veio quando ele enviou seu Filho ao mundo (Jo 3.16) em semelhança de homens (Fp 2.7) para justifica-los pela fé e conceder a eles paz com Deus (Rm 5.1).
Quando o Senhor Jesus afirmou a seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo” (Jo 14.27), ele falava sobre a reconciliação com Deus, não sobre a ausência de problemas. Se assim não fosse, os discípulos não teriam ouvido dele que no mundo teriam aflições (Jo 16.33). A despeito disso ele ordena aos discípulos ter bom ânimo, o que demonstra que o consolo não estava em esperar a cessação das aflições, mas na certeza de que aquele que venceu o mundo estaria com eles todos os dias, inclusive em meio às dificuldades, até a consumação dos séculos (Mt 28.20).
Era a certeza de que Jesus era o melhor de Deus e, portanto, suficiente para a sua vida que levava Paulo a declarar: “Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.11-13). Sua alegria não dependia das circunstâncias, mas de estar na presença do Senhor Jesus. Por is
so mesmo ele também podia dizer que viver para ele era Cristo, e morrer, lucro, pois sabia que estar com Cristo é incomparavelmente melhor (cf. Fp 1.21,23).
Saber que o melhor de Deus para nós, Cristo Jesus, já veio deve nos levar ao entendimento de que até as tribulações e aflições não fogem a seu controle, antes, são usadas pelo Senhor para nos tornar cada dia mais parecidos com o nosso Redentor. Isso nos leva também a colocar em prática as palavras de Tiago, que diz que devemos ter como motivo de muita alegria o passar por várias provações, entendendo que a finalidade da provação é produzir a esperança, que cumpre o seu papel ao nos tornar perfeitos, íntegros e em nada deficientes (Tg 1.2-4).
Como já foi afirmado, uma vida sem aflições, sem pranto e nem choro é prometida por Deus para aqueles que são de Jesus. Porém, querer estar com Jesus não por quem ele é, mas por aquilo que ele nos concede e concederá é uma atitude idólatra, que revela que amamos mais a bênção concedida do que aquele que nos abençoa.
O melhor de Deus já veio, Cristo Jesus, e se buscarmos nele alegria e satisfação viveremos também contentes, em toda e qualquer situação.
Milton Jr.
originalmente publicado aqui.

Sete dicas para falar com seus vizinhos sobre Jesus

Por Tim Gaydos.

 

Nós nos encontramos no elevador de nosso condomínio. Em vez de olhar para o chão e evitar fazer contato com os olhos eu disse oi e me apresentei. Eu perguntei para ele algumas perguntas que não fossem estranhas, perguntas básicas. Há quanto tempo você mora aqui? Você já conheceu alguma pessoa legal?

Na semana seguinte, eu o vi no hall da entrada e começamos uma discussão mais longa envolvendo os Marinheiros de Seattle e suas perspectivas de final de ano. Eu verifiquei para ver se ele estava disposto a conversar mais, “se você quiser assistir um jogo no Sport, [um pub em Seattle] me avise.” Ele aceitou, descobrimos uma boa data e horário e em algumas semanas nós estávamos assistindo a um jogo juntos.

Quebrando o estereótipo de idiota julgador¹

Não demorou muito para ele descobrir que eu era Cristão, ia à igreja e amava Jesus. Ele disse para mim, “nossa, meu estereótipos de Cristãos foi destruído. Você é normal. Você gosta de uma boa comida e bebida, você ama sua cidade e você não se comporta como um idiota julgador.” Eu logo o convidei para a igreja, onde ele ouviu o evangelho sendo pregado poderosamente. Ele se tornou Cristão e se envolveu em grupos da igreja, graças à Deus.

Por qualquer motivo, é fácil para os cristãos amedrontar-se e ficarem estranhos quando falam sobre sua fé no dia-a-dia. Aqui vai algumas dicas para fazer pontes para essas inibições e continuar a conversa:

1. Encontre um caminho que leve a Jesus.

No decorrer da conversar, pense em como Jesus se relaciona com a discussão, porque Jesus intersecta e toca em tudo na nossa cultura: esportes, música, arte, política. Procure por pontes para introduzir Jesus na conversa. Deve ser tão casualmente e apaixonadamente como quando você fala sobre qualquer outra coisa.

2  Não seja estranho e embaraçoso.

”Então… agora eu gostaria de falar com você sobre Jesus.” Se de repente você coloca seu chapéu “Jesus” e você está falando com ele como se ele fosse um projeto e não um amigo, você está entrando de forma desajeitada em um território. Agora, haverá momentos que será estranho porque falar de Jesus e pecado pode ser assim, mas não deixe ser porque você é socialmente estranho.

3. Seja cativante.

Incluído nessa palavra [cativante, em inglês: winsome] está a palavra “win” [ganhar]. Seja um amigo “ganhador” e a que a conversa possa ser atraente, amigável e gentil. Para saber mais sobre ser cativante, confira O Conquistador de Almas de Charles Spurgeon [disponível para compra aqui].

4. Seja oposto aos estereótipos e caricaturas cristãs.

Muitas pessoas urbanas e seculares tem uma visão particular caticaturizada de Cristãos, que não é muito lisonjeiro (julgador, duro, “a polícia da moralidade”), embora muitos não tenham nenhum amigo cristão. Seja gracioso e fale com eles, sirva e ame-os.

5. Tenha uma casa aberta

Quando minha esposa e eu nos mudamos para um novo apartamento nós oferecemos uma casa aberta para toda vizinhança e surpreendemos com boa comida e vinho. Dezenas de nossos vizinhos vieram e isso foi a fundação para conversas futuras centradas no evangelho.

6.  Seja honesto sobre suas lutas e fracassos.

Todos nós estamos aquém. Todos nós lutamos e falhamos. O crédito tem que ser dado a Jesus em sua vida. Muitos não-cristãos não querem falar com Cristãos pois irão se sentir culpados sobre seus próprios problemas.

7. Ações também comunicam.

Sirva seus vizinhos. Sirva sua vizinhança. Procure por oportunidades sem ser um chamariz de atenção. Seus vizinhos estão observando você e assim como Tiago disse, fé sem obras é morta.

 

 Fonte: The Resurgence

Tradução: William Bessa em Ame Cristo

 

1 – Acredito que aqui o autor se refere aos tipos de estereótipos comuns nos EUA, como as pessoas que saem às ruas com cartazes escrito “God Hates Fags” [Deus odeia gays].

Boas Obras!

No último sábado estivemos como Juventude da IPGII, em um trabalho na Associação Viver. Foram momentos muito edificantes, quando colocamos em prática um pouquinho do amor que o nosso Deus tem nos ensinado. No próximo sábado estaremos lá novamente, para podermos finalizar o trabalho que começamos. Então, para já começarmos muito bem a semana, vai aí um texto do Rev. Hernandes Dias Lopes, falando sobre as boas obras!

 

Deus os abençoe!

 

Referência: Efésios 2.8-10

INTRODUÇÃO

1) Pode um homem que é inerentemente mau produzir obras inerentemente boas? Pode o pecador realizar boas obras? A Bíblia diz que a nossa justiça é como trapo de imundícia aos olhos de Deus.
2) Pode o homem ser salvo pelas boas obras? O espiritismo diz que não há salvação fora da caridade. Logo o homem é salvo pelas obras e pelos seus próprios méritos. Daí serem tão pródigos em obras sociais: hospitais, creches, sanatórios, orfanatos.
3) O Catolicismo ensina que o homem é salvo pela fé e pelas obras. As boas obras são um complemento à obra de Cristo. O sinergismo. As obras estão em pé de igualdade com o sacrifício de Cristo na cruz.
4) Se o Catolicismo associou as obras à fé como meio de salvação, Lutero foi a outro extremo e anulou as obras como evidência da fé. Por isso, chamou a carta de Tiago de “Epístola de palha”.
5) Será que existe conflito entre Paulo e Tiago? Paulo ensinou que a salvação é pela fé independentemente das obras. Tiago ensinou que a fé sem obras é morta. Paulo se dirige aos crentes que queriam voltar à lei para serem salvos, os judaizantes. A salvação, diz ele, é pela fé e não pelas obras. Tiago se dirige aos crentes que diziam crer, mas não provavam pela vida sua fé. As obras são evidência da fé. A fé sem obras é morta. Paulo olha para a causa da salvação. Tiago para a evidência da salvação. Paulo condenou as obras como meio de salvação. Tiago condenou a fé que não gera obras. Paulo fala em fé, Tiago em obras, ambos, porém, se referem à mesma salvação: fé que produz obras e obras que provam a fé. Paulo olha para a causa da salvação, que é a fé. Tiago olha para o efeito da salvação que são as obras. Paulo não combateu as obras nem Tiago a fé.
6) Por que a igreja deve fazer boas obras?

I. PORQUE É O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS PARA NÓS

• Efésios 2.10 diz: “Porque somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”.
• O grande e eterno projeto de Deus para nós é que sejamos filhos ativos, operantes, dinâmicos, frutíferos, e ricos em boas obras. O mesmo Deus que trabalha por nós e em nós, agora trabalha através de nós. Somos a extensão do corpo de Cristo na terra. Somos os braços da misericórdia estendidos aos homens. Deus age no mundo revelando seu amor através de nós.

II. PORQUE É O GRANDE OBJETIVO DA NOSSA RENDENÇÃO EM CRISTO

• Tito 2.14 diz: “O qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade, e purificar para si mesmo um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras”.
• Jesus não sofreu as agruras do calvário para gerar um povo omisso, inoperante e preguiçoso; ao contrário, ele deu sua vida para aprendermos a dar a nossa vida pelos nossos irmãos. Não fomos salvos no pecado, mas do pecado. Não fomos inseridos no corpo de Cristo para sermos um membro atrofiado.

III. PORQUE É ORDENANÇA DE DEUS

a) Mateus 5.16: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”.
b) 1Timóteo 6.17,18: “Exorta aos ricos… que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos em repartir”.
c) Tito 2.7: “Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras”.
d) Tiago 4.17: “Aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando”.
e) A prática das boas obras não é uma opção, mas um mandamento.

IV. PORQUE QUEM ESTÁ LIGADO À VIDEIRA VERDADEIRA PRODUZ FRUTO

• a) João 15.4-8: “Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”.
• O ramo que não produz fruto é cortado. Quem está em Cristo e vive no Espírito produz o fruto do Espírito.
• Que tipo de fruto você está produzindo? “Pelos seus frutos os conhecereis. A árvore boa produz bons frutos”.

V. PORQUE É A EVIDÊNCIA DE UMA FÉ VERDADEIRA

a) Tiago 2.17,26: “Assim também a fé, se não tiver obras, por si só está morta”. A fé morta não é melhor do que a fé dos demônios (2.19).
b) João Batista disse para as multidões que a evidência do arrependimento era: 1) repartir a túnica; 2) repartir comida.
c) Os moravianos no século XVIII – Encorajados por Ludwig Von Zinzendorf: ganharam almas, socorrem os necessitados, o fogo dos moravianos ultrapassou as fronteiras da Alemanha e ardeu em todos os continentes.
d) Cada 25 morávios sustentavam um missionário no mundo. Alguns se vendiam como escravos para levar a Palavra de Deus para povos distantes.
e) William e Catarina Booth – Este pastor Metodista e sua esposa foram chamados por Deus para trabalhar com os marginais em Londres, com meretrizes, bêbados, ladrões e enfermos. Pisaram nos antros mais sombrios de Londres, mas arrastaram de lá preciosas vidas. Perderam seu lugar na Igreja Metodista, mas fundaram O EXÉRCITO DA SALVAÇÃO que em muitas nações da terra, leva através dos soldados de Cristo consolo para os aflitos, pão para os famintos, roupa para os necessitados, amparo para os órfãos e viúvas, abrigo para as mães solteiras.

VI. PORQUE ALIVIA A NECESSIDADE DOS OUTROS

• Hebreus 13.1-3,16: “Não negligencieis a hospitalidade… lembrai-vos dos encarcerados… dos que sofrem maus tratos… não negligencieis a prática do bem e a mútua cooperação”.
• Jesus sempre viveu socorrendo as pessoas (At 10.38) – curando os enfermos, purificando os leprosos, levantando os paralíticos, alimentando os famintos, libertando os cativos.
• O bom samaritano – Parou, chegou perto, pensou as feridas, carregou, cuidou, pagou.
• Barnabé – Investiu nos pobres; investiu em Paulo; investiu em João Marcos.
• George Muller – Criou os orfanatos para 3 mil crianças em Bristol na Inglaterra.
• Robert Raykes – em 1780 fundou a Escola Dominical em Gloucester, para cuidar das crianças carentes, dando a elas instrução, alimento e cuidado espiritual.
• O projeto Sarça – Assiste crianças, adolescentes e famílias carentes da nossa cidade.

VII. PARA PROVAR O VERDADEIRO AMOR

a) 1João 3.16-18: “Nisto consiste o amor, em que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos. Ora, aquele que possuir recursos deste mundo e vir a seu irmão padecer necessidade e fechar-lhe o coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade”.
b) Tiago 2.14-17: “…”.
c) A vida de Jesus – Jesus não viveu encastelado dentro do templo, mas nas estradas, nas montanhas, nas praias, nos desertos, nas casas, nas ruas. Estava onde estava a doente, o aflito, o necessitado.
d) James Hunter – Diz que o amor não é o que ele diz, mas o que ele faz. O que você tem feito pelo seu próximo?
e) João 13.34,35 – O amor é a apologética final. A prova final do discipulado é o amor.

VIII. PORQUE VAMOS COMPARECER DIANTE DO TRIBUNAL DE CRISTO PARA SERMOS JULGADOS SEGUNDO AS NOSSAS OBRAS

a) 2Coríntios 5.10: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba o bem ou mal que tiver feito por meio do corpo”.
b) Apocalipse 20.12: “Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos de pé diante do trono. Então se abriram livros… e os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros”.
c) Mateus 25.34-46 – “Vinde benditos de meu pai… Apartai-vos de mim malditos”.
d) Eclesiastes 12.14: “Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más”.
e) Mateus 16.27: “Porque o Filho do homem há de vir na glória do seu Pai, com os seus santos anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras”.
f) Deuteronômio 16.16: “… porém, não aparecerá de mãos vazias perante o Senhor”.
g) Daniel 5 – Os homens vão ser pesados na balança de Deus e muitos serão achados em falta.
h) 1Coríntios 3.10-15 – Aqueles que construíram com palha, madeira e feno não receberão galardão. Mas aqueles que construíram sobre o fundamento com ouro, prata e pedras preciosas receberão galardão.
1) Até um copo de água fria não ficará sem recompensa;
2) Quem recebe uma criança em seu nome, recebe aquele que o enviou;
3) As nossa obras não nos levam para o céu, mas nós levamos as nossas obras para o céu (Ap 14.13).
4) Receberemos o Reino porque devemos pão, água, vestes, abrigo, e visitamos.

CONCLUSÃO

Meu irmão, você tem sido padrão dos fiéis nas boas obras? Se você não é operante, você ficará como aquele jovem que por não trabalhar ficou desanimado e foi pedir ao pastor para tirar o seu nome do rol da igreja. O pastor antes de atender o seu pedido, pediu-o para visitar uma velhinha enferma da igreja. Depois de visitá-la, servi-la, ela lhe disse: “Ó meu filho, foi Deus quem o mandou aqui”. O jovem foi ao pastor e disse: “Eu não quero mais sair da igreja. Quero mais endereços para visitar”.

Descubra o seu lugar no corpo de Cristo e trabalhe. Comece hoje mesmo. Trabalhe para Jesus. Trabalhe enquanto é dia. Lança o seu pão sobre as águas. Um dia você o achará. Lança a sua semente, pois você não sabe qual vai produzir. Seja generoso em boas obras, enquanto você tem forças e vigor!

Rev. Hernandes Dias Lopes


Trocando uma resolução radical por 10000 pequenas decisões

Paul David Tripp

 

Já contei várias vezes a história do dia em que estava conversando impacientemente com a minha esposa em uma manhã de Domingo, quando meu filho de 9 anos se manifestou:

“Papai, é assim que um homem cristão deveria estar falando com a sua esposa?”

Sarcasticamente, rebati:

“O que você pensa?”

Ele respondeu:

“Não faz diferença o que eu penso. O que Deus pensaria?”

Fui para o meu quarto, e dois pensamentos surgiram imediatamente. Primeiro, meu orgulho foi ferido. Eu quero ser um heróis para o meu filho, e estava envergonhado por ter afetado ele dessa forma com minha atitude e minhas palavras. Mas isso não durou muito. Logo em seguida, pensei “como pode Deus me amar tanto a ponto de me dar uma dose simples de cuidado em meio a esse pequeno e mundano momento no banheiro da família Tripp?”.

Isso é amor em um nível tão magnífico que sou incapaz de capturá-lo em palavras. Não passou de um momento em um cômodo, em uma casa de uma família, em um bloco de uma rua, em uma vizinhança de uma cidade em um estado, em um país de um continente, em um hemisfério de um planeta no universo. Ainda assim, Deus estava presente nesse momento, trabalhando na continuidade da transformação, momento a momento, do meu coração.

Repensando o ritual anual

Por que estou contando essa história? Bem, chegou aquela época de novo. É o assunto dos blogs, artigos de jornal, programas de TV e muitos posts no Twitter. É a época dos ritos anuais de resoluções dramáticas de Ano Novo, impulsionadas pela esperança de mudanças de vida pessoal imediatas e significativas.

Mas a realidade é que poucos fumantes realmente deixaram de fumar por causa de um momento singular de decisão, poucos obesos se tornaram magros e saudáveis por conta de um momento dramático de compromisso, poucas pessoas que estavam com muitas dívidas mudaram seu estilo de vida financeiro porque decidiram assim ao verem o ano velho dar lugar ao novo e poucos casamentos foram transformados através de uma única resolução dramática.

Mudanças são importantes? Sim, de certa forma, são. O compromisso é essencial? É claro! Há formas em que nossas vidas são moldadas pelos compromissos que fazemos. Mas o cristianismo bíblico, cujo centro é o evangelho de Jesus Cristo, não deposita suas esperanças em grande momentos dramáticos de mudança.

Vivendo no mais ordinário

O fato é que o poder transformador da graça é mais um processo ordinário do que uma série de eventos dramáticos. Mudanças pessoais, de vida e de coração, são sempre um processo. E onde esse processo acontece? Ele ocorre onde eu e você vivemos diariamente. E onde nós vivemos? Bem, cada um de nós tem um endereço. Nossas vidas não caminham de momentos grandiosos em momentos grandiosos. Não, nós vivemos na mais ordinária rotina.

Muitos de nós não figuraremos os livros de história. A maioria de nós terá três ou quatro momentos de decisão em nossas vidas, e décadas após nossa morte, as pessoas mal se recordarão de como foram nossas vidas. Eu e você vivemos nos pequenos momentos, e se Deus não for o Senhor dos nossos pequenos momentos e não trabalha para nos moldar em meio a eles, então não há esperança para nós, pois é nesses momentos que nós vivemos.

Os pequenos momentos da vida são profundamente importantes precisamente porque são neles que vivemos e por eles que somos formados. É aqui que eu penso que o “Cristianismo Dramático” nos deixa em apuros. Ele pode nos levar a minimizar o significado dos pequenos momentos da vida e a graça das pequenas mudanças que encontramos lá. E porque minimizamos os pequenos momentos em que vivemos, tendemos a ignorar o pecado que é exposto neles. E então falhamos em buscar a graça que nos é oferecida.

10000 pequenos momentos

Veja bem, a vida não é definida em dois ou três momentos dramáticos, mas em 10000 pequenos momentos. O caráter que foi formado nesses pequenos momentos é o que molda a forma como você responde aos grandes momentos da vida.

O que leva a mudanças pessoais significativas?

  • 10000 momentos de reflexão pessoal e convicção
  • 10000 momentos de submissão humilde
  • 10000 momentos de tolice exposta e sabedoria adquirida
  • 10000 momentos de pecados confessados e pecados abandonados
  • 10000 momentos de fé corajosa
  • 10000 momentos de escolha por obedicência
  • 10000 momentos de abandono do reino do ego e corrida em direção ao reino de Deus
  • 10000 momentos em que abandonamos a adoração à criação e nos entregamos à adoração ao Criador.

E o que faz isso possível? A graça incansável, transformadora e ordinária. Jesus é “Emanuel” não porque ele veio à Terra, mas porque ele fez de você um lugar de habitação para si. Isso significa que ele está presente e ativo em todos os momentos ordinários da sua vida diária.

Jesus é “Emanuel” não porque ele veio à Terra, mas porque ele fez de você um lugar de habitação para si

A obra de resgate e transformação

E o que ele está fazendo? Nesses pequenos momentos, ele está cumprindo todas as promessas de redenção que fez. Nesses momentos esquecíveis, ele está trabalhando para te resgatar de si mesmo e transformá-lo à semelhança dele. Pela graça soberana, ele te coloca nesses pequenos momentos diários, criados para te levar além do seu caráter, sabedoria e graça, para que você possa buscar ajuda e esperança que só podem ser encontradas nele. Em um processo vitalício de mudança, ele está te desconstruindo e reconstruindo novamente – e é exatamente disso que todos nós precisamos!

Sim, eu e você precisamos nos comprometer com a mudança, mas não de uma forma que anseia por grandiosos momentos de transformação, mas de uma forma que encontra alegria no, e é fiel, ao processo diário, e passo a passo, de reconhecer o pecado, confessá-lo, se arrepender, e crer no perdão. E nesses pequenos momentos, nos comprometemos a lembrar das palavras de Paulo em Romanos 8.32:

Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas?

Assim, acordamos todos os dias comprometidos a viver nos pequenos momentos das nossas vidas com nossos olhos abertos e nossos corações humildes.

 

Originalmente postado Iprodigo


A responsabilidade de todo crente!

O clero e os lideres cristãos não são os agentes exclusivos da evangelização, mas todo cristão, conforme surge a oportunidade no fluxo e refluxo da vida diária, deve ser uma testemunha de Cristo, confessando-o em palavras e ações. A evangelização inevitavelmente acompanha a presença do Espírito Santo, porque ele é o Espírito da verdade e testemunha de Jesus (Jo 15:27-27). O Livro de Atos descreve crentes comuns evangelizando ativamente como um resultado natural de suas conversões e circunstâncias (At 8:1-4; 11:9,20).
Além do mais, a vida transformada do crente é, em si e por si, suficiente para levar alguém a compreensão do evangelho. Ela pode testificar atraentemente a graça de Deus, mas é incompleta se não for expressa em palavras. É necessário viver a vida cristã de modo que os outros possam ver a diferença que ela faz, mas isso não satisfaz a responsabilidade de evangelizar. Assim como a revelação geral é inadequada para revelar Cristo aos incrédulos, exigindo a especial revelação de Deus na Bíblia para explicar quem ele é por que ele veio, assim também o comportamento cristão deve ser enriquecido por uma explanação do evangelho.
Extraído de: Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. Pag. 1559.